Segunda-feira
16 de maio
Religião pura
A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. Tiago 1:27

O objetivo da religião bíblica não é oferecer eventos, encontros e entretenimento. Isso não transmite o essencial, que é Cristo. Quando instituições religiosas adotam rotinas, dogmas e tradições que diferem do evangelho, tornam-se como os escribas e fariseus do tempo de Jesus. Eles conheciam a letra da lei, mas não sabiam o que isso significava na prática. Estavam dispostos a matar e a morrer para defender as tradições que preservaram, mas não permitiam que o velho homem morresse para o pecado. Sabiam todas as cadeias temáticas e teológicas da Torá, mas não conheciam a vontade do Deus que a revelou aos profetas.

Corremos esse perigo hoje também. Existe o risco de termos uma religião vazia e uma igreja esvaziada de vida. Podemos até carregar a Bíblia, mas manter as palavras que ela ensina longe do coração. Isso é trágico. Esse é o grande perigo da religião sem evangelho.

O evangelho nos alegra com o que Jesus fez. A religião vazia, por sua vez, se exalta com as realizações humanas. Desemboca em tradicionalismo que não conduz ninguém à salvação. Esse é o paradoxo do cristianismo sem Cristo. Não é evangelho; é teoria e formalismo. Os efeitos dessa prática limitam a influência positiva da igreja. É religião exclusivamente intramuros, e isso não transforma vidas nem faz diferença na sociedade.

Há um espírito terrível no mundo, e ele não pode contaminar a igreja. A exortação do apóstolo é que devemos nos manter incontaminados da maneira como a sociedade sem Deus encara a realidade. O mundo clama por vanglória e autoexaltação. É movido por pragmatismo baixo, se alimenta de impureza e se encastela em orgulho e egoísmo. A igreja de Cristo é diferente. Busca a pureza, a humildade e o serviço desisteressado em favor dos outros.

Jesus disse que a religião pura é aquela que consegue materializar a teoria do evangelho na prática de amor ao próximo. É amparar as pessoas vulneráveis nas dificuldades que enfrentam. A religião de Cristo é mais ação e menos racionalização; é amor e não rancor; é Cristo e não filosofia. A religião pura se vê na prática e não no discurso. Se deseja fazer parte dela de verdade, não se corrompa com o espírito do mundo. Assim, a verdadeira religião será uma realidade em sua vida.