Quinta-feira
08 de fevereiro
Retornando para casa
De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo. João 8:12, ARA Eu sou a videira; vocês são os ramos. [...] sem Mim vocês não podem fazer coisa alguma. João 15:5

Quando eu era adolescente, papai mudou-se para uma cidade próxima a fim de trabalhar. O restante da família ficou com mamãe, para que pudesse concluir o semestre escolar. Às sextas-feiras, todos nós íamos passar o fim de semana com papai, fazendo a viagem de vinte e cinco quilômetros. Na verdade, fiz essa viagem várias vezes sozinha e sabia como chegar lá, tomando o ônibus intermunicipal. Depois que ele passava por algumas antenas de televisão, eu pedia ao motorista que parasse, desembarcava do ônibus, tomava uma trilha a partir de um depósito de cascalho e logo via a fazenda onde meu pai trabalhava.

Essa curta viagem, feita à luz do dia, era muito fácil. No entanto, fazê-la à noite era outra história. Nunca me esquecerei dela. Aprendemos, na primeira viagem à noite, que não havia luz suficiente para enxergarmos nossa referência – as antenas de televisão. No escuro, ficamos assustados e perdidos.

O ônibus parou e desembarcamos. Porém, devido à escuridão, não conseguimos encontrar a trilha do depósito de cascalho. Embora perto da estrada principal, ainda nos achávamos perdidos e não sabíamos qual rumo tomar. Mamãe achou que devíamos ir na direção de um bairro iluminado, tomar um ônibus urbano para a região central e então chegar à fazenda do papai de táxi. Naturalmente, isso se daria a um alto custo. Cansados e quase sem um centavo, finalmente nos reunimos com papai. Como ele ficou feliz ao nos ver! Ele ficara muito preocupado com o nosso atraso e nos recebeu de braços abertos. Havia preparado tudo para nós.

Encorajar-nos uns aos outros e concluir a viagem com forças compartilhadas foi o que nos ajudou a chegar ao destino e à segurança dos braços de nosso pai. Ver o alívio e a alegria de papai também nos alegrou o coração.

Todos nós somos parte da família de Deus. Todos temos a oportunidade de animar uns aos outros, apontar aos outros a direção da luz e viajar juntos rumo ao lar do nosso outro Pai. Ele permanece vigilante e nos aguarda de braços abertos, na expectativa do dia em que nos reuniremos com Ele no lar celestial. Não percamos o caminho em meio à escuridão deste mundo. Viajemos sob a luz de Sua Palavra. E, quando nos sentirmos perdidos, que possamos nos lembrar de Seus braços acolhedores no fim da nossa longa jornada para o lar.

Sueli da Silva Pereira