As reuniões de oração devem ser as mais interessantes a serem realizadas. São muitas vezes, porém, fracamente dirigidas. Muitos assistem ao culto de pregação, mas negligenciam as reuniões de oração. Nisso também se exige reflexão. Precisamos buscar sabedoria de Deus, e fazer planos para dirigir essas reuniões de maneira a torná-las interessantes e atrativas. O povo tem fome do pão da vida. Se o encontrarem na reunião de oração, ali irão para recebê-lo.
Longas e cansativas palestras e orações são inadequadas em qualquer parte e, especialmente, na reunião de oração. Os que são desinibidos e sempre prontos a falar tomam a liberdade de sacrificar o testemunho dos tímidos e retraídos. Os mais superficiais têm, geralmente, mais a dizer. Longas e mecânicas são suas orações. Fatigam os anjos e as pessoas que os escutam. Nossas orações devem ser breves e diretas. Que as longas e enfadonhas petições fiquem para nosso aposento particular, caso alguém queira fazer algo dessa espécie. Deixem que o Espírito de Deus lhes entre no coração, e Ele expelirá dali toda árida formalidade.
Cristo deu a entender a Seus discípulos que suas orações deveriam ser breves, exprimindo exatamente o que desejavam, e nada mais. Sugeriu-lhes a extensão e substância das orações, que resumiam seus desejos de bênçãos temporais e espirituais, bem como a gratidão manifestada por elas. Como é compreensiva essa Oração Modelo! Abrange as necessidades reais de todos. Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração habitual. Haverá casos em que a oração é expressa de modo especial pelo Espírito de Deus, quando a súplica é feita no Espírito. O coração ardente anseia e suspira por Deus; o espírito luta como Jacó, e não se satisfaz enquanto não vir uma manifestação especial do poder de Deus. Isso é o que Deus deseja.
Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos seres humanos e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, ficariam escandalizados com a própria audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. Essas orações são como “o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1Co 13:1). Não são tidas em conta alguma no Céu. Os anjos de Deus e também os mortais que são obrigados a escutá-las aborrecem-se delas (Conselhos Para a Igreja, p. 299, 300).