Você já se sentiu ridículo? O sociólogo austríaco Peter Berger ensina que o ridículo é uma forma de controle social, em que um grupo, por meio do riso e da zombaria, tenta enquadrar um indivíduo e forçá-lo a ter determinado comportamento.
Por 120 anos, Noé e sua família pregaram sobre o juízo que viria e a necessidade de arrependimento. Em todo esse período, eles foram motivo de zombaria e escárnio. Os animais entraram na arca de modo sobrenatural. Depois, Noé e sua família passaram sete dias presos lá dentro com todos os bichos, sem chuva nenhuma. Quanta zombaria ouviram!
Eu me pergunto: Será que, em algum momento, durante aqueles dias secos, Noé se questionou se de fato não estava sendo ridículo? É possível que verdadeiros cristãos já tenham se questionado: Será que estou sendo ridículo ao acreditar na criação em seis dias literais? Será ridículo cuidar do próprio corpo abstendo-me do álcool? Será ridículo esperar o casamento para manter relações sexuais? Será ridículo não trabalhar aos sábados? De fato, colegas, familiares e até líderes podem afirmar que é ridículo não agir como eles agem, mas estejamos atentos, pois se trata de uma forma de controle.
Aqueles dias de silêncio foram uma prova de fé. Hoje eles ainda servem para nos lembrar que, em meio ao silêncio divino e à zombaria do mundo, obedecer a Deus é a melhor opção. Cristo declarou que seríamos felizes quando fôssemos ridicularizados por fazer Sua vontade. Essa não é uma promessa que se cumprirá apenas no Céu. Aqui mesmo seremos mais felizes ao seguir Sua orientação.
Tente imaginar o que passou na mente daqueles que zombavam de Noé quando sentiram a primeira gota de chuva. Enquanto as águas subiam, eles se davam conta de quem eram os verdadeiros sábios e quem eram os loucos.
Se você já se sentiu ridicularizado por fazer a vontade de Deus, saiba que está no caminho certo. Você está se opondo ao controle do mundo. Renove sua fé e aproveite as bênçãos da confiança em Deus. Declare a si mesmo: “Me chamem de ridículo, mas não me façam pecar.”