Quinta-feira
10 de agosto
RIQUEZA DA POBREZA
No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 2 Coríntios 8:2

Por onde passava, o apóstolo Paulo deixava marcas positivas. Em suas três viagens missionárias pela Ásia Menor e Europa, várias igrejas foram abertas, milagres foram feitos e uma multidão de judeus e gentios foi impactada pela pregação da Palavra de Deus. 

No entanto, o texto de hoje nos informa que o próprio apóstolo Paulo ficou impressionado com o comportamento de algumas igrejas da Macedônia que, mesmo em meio à extrema pobreza, foram generosas para com os pobres. Eram uma espécie de “viúva pobre coletiva” (fazendo um paralelo com a história contada por Jesus em Lucas 21:1-4), que ofertou tudo o que possuía. 

Paulo conhecia as igrejas da Macedônia, afinal ele mesmo as havia fundado: Filipos, Tessalônica, Bereia, entre outras. A igreja de Filipos, por exemplo, foi a única que contribuiu para suprir as necessidades do apóstolo (2Co 11:9), ao contrário das igrejas de Jerusalém e de Antioquia, que não apoiaram financeiramente o ministério de Paulo. 

A pobreza extrema da Macedônia ocorreu devido a várias guerras que assolaram a região nos dois últimos séculos antes de Cristo. Além disso, a maioria dos cristãos já vinha das classes sociais mais baixas. A situação dos macedônios era tão desesperadora que eles foram pedir a redução dos impostos ao imperador Tibério. 

Entretanto, mesmo em meio à pobreza, a igreja da Macedônia deu exemplo do verdadeiro cristianismo. Eles transbordaram em amor e auxílio aos que estavam em maior necessidade. Em outras palavras, eles deram tudo. 

Sabe qual foi o segredo dessa igreja? Paulo revelou: “Entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor” (2Co 8:5). Quando entregamos primeiro o coração a Jesus, será natural entregar a vida, os recursos e o tempo em favor do próximo. Esse ato pode até doer na alma e no bolso, mas é o único caminho para o desprendimento daquilo que nos excede – inclusive do orgulho e do egoísmo. 

Assim como fez a viúva pobre nos dias de Jesus, os macedônios deram tudo que possuíam. Sua oferta vinha das profundezas do ser. Para eles, pouco importava o que havia sobrado. O que valia mesmo era ajudar os outros. Isso é sacrifício!