Quarta-feira
01 de fevereiro
Sacrifício voluntário
A pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos. Romanos 16:25

O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação “do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos” (Rm 16:25). Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás e da queda do ser humano mediante o poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que estabeleceu um pacto de entregar Seu Filho unigênito “para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). […]

Foi um sacrifício voluntário. Jesus poderia ter permanecido ao lado de Seu Pai. Poderia ter retido a glória do Céu e as homenagens dos anjos. Entretanto, preferiu entregar o cetro nas mãos de Seu Pai e descer do trono do universo, a fim de trazer luz aos entenebrecidos e vida aos que estavam quase perecendo.

Cerca de dois mil anos atrás, ouviu-se no Céu uma voz de significado misterioso, saída do trono de Deus: “Eis aqui estou”. “Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo Me formaste. […] Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a Meu respeito), para fazer, ó Deus, a Tua vontade” (Hb 10:5-7). Nessas palavras, anuncia-se o cumprimento do desígnio que havia ficado escondido desde tempos eternos. Cristo estava prestes a visitar nosso mundo e a encarnar. Ele diz: “Um corpo Me formaste.” Se Jesus tivesse aparecido com a glória que possuía com o Pai antes que o mundo existisse, não resistiríamos à luz de Sua presença. A manifestação de Sua glória foi velada para que a pudéssemos contemplar e não ser destruídos. Sua divindade ocultou-se na humanidade – a glória invisível na visível forma humana. […]

Assim Cristo estabeleceu Seu tabernáculo no meio de nosso acampamento humano. Estendeu Sua tenda ao lado da dos seres humanos, para que pudesse viver entre nós, e nos familiarizar com Sua vida e Seu caráter divinos (O Desejado de Todas as Nações, p. 22, 23).