Quem nunca sentiu saudades de casa? Por mais que um país estrangeiro seja atraente, há uma nostalgia em cada um de nós e sempre sentimos saudades de nossas origens. Não é à toa que se diz popularmente: “O bom filho à casa volta.” Nenhum lugar é igual ou se parece tanto com nossa pátria e nosso lar. Quando estamos em casa, nos sentimos mais livres, mais seguros e mais amados. Em nosso reduto, encontramos senso de pertencimento e de propriedade. Por mais que sejamos bem tratados em outros lugares, o aconchego de casa é único e insubstituível.
Uma boa metáfora bíblica para traduzir a condição dos cristãos até que Jesus volte é a de que somos peregrinos. Nosso lar não é aqui. Estamos de passagem no mundo. Jornadeamos por um deserto abrasador. Estamos de viagem, somos mochileiros em direção ao destino prometido.
Em Hebreus 11, lemos: “Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo. Pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus. […] Todos esses viveram pela fé e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (v. 8-10, 13).
O próprio Jesus revelou que sentia saudades do Céu. Não significa que Ele estivesse arrependido de abraçar a missão de salvar a humanidade. O Filho sentia falta da companhia do Pai, dos anjos e também do ambiente celestial harmonioso e feliz. Por mais que Ele amasse o mundo e os seres humanos, não podia negar que Seu reino não era deste mundo (Jo 18:36). Jesus também declarou: “Ainda que Eu mesmo testemunhe em Meu favor, o Meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou” (Jo 8:14).
Não sabemos até quando estaremos por aqui, mas uma certeza nós temos: está chegando a hora de voltar para casa. Não desista da jornada.