Você certamente já ouviu a expressão “quando um não quer dois não brigam”. Esse ensino popular, repetido muitas vezes por pais e mães que lidam com desavenças, contém uma grande lição de vida. Devemos evitar brigas e discussões. Mesmo sendo empurrados para o embate, ainda temos a possibilidade de escolher entrar nele ou não.

Cristo Jesus tinha inteligência e argumentos para ganhar qualquer discussão, entretanto, em Sua sabedoria, preferiu evitar muitos confrontos. O verso de hoje é um exemplo disso. Os sacerdotes o acusavam, e Pilatos queria que Ele revidasse às palavras de Seus acusadores, mas Jesus não disse nada. O texto bíblico ressalta que essa atitude deixou Pilatos admirado.

Essa não é uma cena incomum na vida de Cristo. Por diversas vezes, Ele foi colocado em polêmicas, mas evitou discussões desnecessárias. Ao ser questionado se a mulher adúltera deveria ser apedrejada como Moisés havia ensinado, Ele não polemizou, mas sugeriu uma reflexão. Ao ser induzido a uma discussão política acerca dos tributos, Ele simplesmente pediu que Pedro fosse pescar com anzol, pois na boca do peixe encontraria o dinheiro para o pagamento devido. Em outro contexto, Ele declarou: “Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22:21).

Existe aqui um princípio essencial das relações humanas: a única forma de vencer uma briga ou discussão é não entrar nela. Porque, ganhando ou perdendo, você sairá derrotado. Depois de um embate, o mais comum é que ambos reforcem ainda mais seus pontos de vista, frustrando os dois lados. Talvez a mais grave consequência seja o distanciamento provocado pelas mágoas e corações feridos na disputa.

Sempre estará em suas mãos a escolha de entrar ou não em uma briga. Por isso, lembre-se de que, em grande parte dos casos, para ganhar de verdade a discussão, o melhor é não entrar nela. Assim, você poderá ganhar a admiração de todos, inclusive, de seu “adversário”.