Quantas vezes você já ouviu, ou mesmo disse: “Eu sei como você se sente”, ao falar com uma pessoa que está sofrendo, enfrentando uma crise ou o luto?
Recentemente, fui hospitalizada para fazer duas biópsias: uma da tireoide e a outra de um nódulo na minha cavidade peitoral que envolvia a passagem pelo esterno. Antes de serem realizadas as biópsias, precisei de uma transfusão de plaquetas, a qual foi adiada por razões desconhecidas. Após receber as plaquetas sanguíneas, as biópsias também foram adiadas até que o radiologista pudesse incluí-las em sua agenda. Durante aquele período, eu não devia comer nem beber.
As refeições foram trazidas na hora certa, mas recusei cada uma porque as biópsias seriam feitas pela manhã, em seguida à tarde e depois à noite. No entanto, nada aconteceu. Fiquei quarenta e três horas sem alimento e água. Puseram soro a pingar no meu braço para manter-me hidratada; porém, nada satisfaz como uma farta refeição, especialmente quando você não está enferma.
Quando minha amiga Diane soube da minha experiência, ela me mandou uma mensagem por e-mail: “Se eu estivesse sentada aí com você, eu teria jejuado com você, minha amiga!” Essa mensagem significou muito para mim. Ela não disse: “Eu sei como você se sente”; sua mensagem foi: “Eu sofrerei com você”. Ela passou a contar como seu filho adolescente havia enfrentado uma experiência semelhante enquanto a grave infecção óssea dele estava sendo monitorada.
Durante a longa espera, ele perguntou: “Mamãe, o que você comeu no almoço?” Ela lhe disse que, se ele precisava ficar sem comer, ela também ficaria. E acrescentou: “Naquela circunstância, era uma coisa pequena para mim; porém, acho que significou muito para ele.”
Essa experiência me levou a pensar em maneiras mais criativas de demonstrar que “eu sei como você se sente” ou mostrar que “eu me importo com você”. Jesus, nosso exemplo máximo, mostrou como Ele Se importava. Ele acolheu crianças ao Seu lado; misturou-Se com pecadores; tocou os intocáveis; alimentou a multidão e ofereceu “água viva” à mulher junto ao poço. Ele foi servo. Levou os discípulos para um lugar à parte a fim de descansarem. Ouviu, chorou e muito mais. Acima de tudo, Ele morreu na cruz para que tivéssemos a vida eterna. Não posso fazer tudo o que Jesus fez, mas posso fazer algo para mostrar que “eu sei como você se sente”.
Edith Fitch