Sexta-feira
13 de novembro
Selados para a salvação
Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Efésios 1:13.

A utilização de selos vem dos tempos em que a distância geográfica entre as pessoas passou a requerer o envio de documentos e correspondências. Entre as formas existentes de selo, havia os símbolos impressos em objetos que selavam documentos, autenticando assinaturas e identificando a autoridade delas. Selos de metal e cera lacravam as correspondências e apenas seus destinatários podiam abri-las. A criação do primeiro selo postal data de 1840, na Inglaterra, com o objetivo de comprovar o pagamento da tarifa pelo remetente, em substituição à prática anterior de pagamento feito pelo destinatário. Três anos depois, o Brasil criou seu primeiro selo.

No mundo religioso, a ideia de selamento não é estranha. Pagãos costumavam tatuar na pele de um adepto a divindade à qual pertenciam. Para os judeus, a circuncisão era como o selo do pacto feito por Deus com Abraão, que os identificava como pertencentes a Ele.

O processo de selamento mencionado por Paulo não significa distintivo ou marca exterior, de caráter material, para identificação de quem o possui, embora seja verdade que isso será percebido pelos frutos produzidos na vida. Nessa experiência, inicialmente, a luz do evangelho brilha sobre o cristão que, em seguida, abre a mente e o coração para aceitá-la e nela crer. Então o selamento é realizado pelo “Espírito Santo da promessa”. Essa marcação envolve a impressão, em nossa consciência, de que somos filhos de Deus (1Jo 5:10). A Ele pertencemos. O Espírito nos dá a certeza de que estamos sob o domínio do Pai. Em consequência, exceto nossa vontade, nada existe que nos possa tirar de Suas mãos. Diante de tão sublime verdade, não há justificativas para a insegurança na vida cristã.

O apóstolo nos assegura que isso “é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da Sua glória” (Ef 1:14, NVI), ou seja, até que todos nós, remidos pelo sangue de Jesus, sejamos libertos completamente do pecado. Essa marca de filiação divina atesta a influência santificadora que Ele produz, habilitando-nos para o Céu. E, pela fé, faz-nos desfrutar a felicidade eterna.

Essa influência sela cada cristão como filho de Deus e herdeiro do Reino celestial. Para isso fomos criados, para isso fomos resgatados. Os propósitos de Deus serão cumpridos na vida “daqueles que pertencem a [Ele], para o louvor de Sua glória”.