Segunda-feira
21 de outubro
Sem avareza
Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: “De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei.” Hebreus 13:5

O Avarento, uma peça teatral escrita pelo dramaturgo francês Molière, é ambientada na cidade de Paris do século 17. Mas a peça poderia muito bem ser do nosso tempo e de qualquer lugar do mundo. O protagonista, Harpagão, é um avarento. Mesquinho, ególatra, confinado e transbordante de amargura, o personagem fica tão preocupado em ter riquezas que, no final, é possuído pelas coisas.

Vivemos em um mundo que valoriza os vícios como algo positivo, mas a verdade é que os desejos pervertidos tendem a nos afastar de nós mesmos e de Deus, levando-nos a um caminho sombrio. Desde o pecado de Adão e Eva, o ser humano busca se tornar divino, desejando o que não possui e cobiçando o que não pode ter.

No entanto, esse não é o caminho que Deus propõe para a humanidade. O sucesso não deve ser medido pelo tamanho de nossa conta bancária ou pelos bens materiais que temos. Na Bíblia, o verdadeiro sucesso vem da coerência e da disposição para o bem. O autor de Hebreus nos aconselha a não sermos avarentos e nos lembrarmos de que a vida é muito mais do que a posse de bens materiais.

O cristão encontra alegria nas coisas simples da vida e valoriza cada momento. Sabe que tudo o que tem é um presente de Deus e vive grato por isso. Harpagão vivia solitário, amando apenas suas posses, enquanto nós temos a promessa de que nunca seremos abandonados. Deus continuará nos protegendo e nos guiando, abraçando-nos em todos os momentos.

Por isso, não precisamos de muitas coisas, mas sim de pessoas com quem possamos compartilhar a alegria de viver. Essa experiência está ao seu alcance, basta abraçá-la com um coração agradecido e aberto. Lembre-se de que o êxito não provém das coisas que perecem com o tempo, mas Daquele que é eterno e em quem devemos depositar nossa fé, nossa esperança e nosso amor.

Peça ao Senhor que o ajude a se desapegar daquilo que esteja interferindo em seu relacionamento com Ele. Apegue-se às coisas de valor eterno, àquelas que enobrecem o caráter e nos aproximam de Deus. Essa é a verdadeira riqueza.