Sexta-feira
22 de dezembro
Sem cortinas
Então a cortina do Templo se rasgou em dois pedaços, de cima até embaixo. Mateus 27:51

É impossível não se emocionar com a história de Christopher Duffley. Filho biológico de uma mulher viciada em drogas, o menino nasceu cego, autista e com traços de cocaína no sangue. Abandonado em um orfanato da Flórida, foi retirado de lá pela família de sua tia paterna. Em seu novo lar, de forma incrível, Christopher desenvolveu o dom da música. Ele toca piano e canta muito bem.

A internet está recheada de vídeos do menino. Um deles, em especial, é marcante. Com os trejeitos característicos de suas limitações, diante de muitas pessoas, Christopher canta em inglês seu hino preferido, cujo refrão expressa a linda oração: “Abra os olhos de meu coração, Senhor. Eu quero vê-lo.”

A despeito de todos os impedimentos que a vida lhe trouxe, o menino foi capaz de aprender a louvar a Deus e fazer pessoas se emocionarem com a oração de um garoto cego e autista que clama para ver Jesus.

Esse sonho tem acompanhado milhares de cristãos ao longo dos séculos. A volta de Jesus será a concretização material dessa esperança. Antes disso, porém, onde houver corações cheios de fé clamando por ver Cristo, o Céu estará aberto para a revelação do Filho de Deus.

Em sua canção preferida, Christopher suplica pela visão de Cristo: “Vê-lo exaltado em majestade, brilhando à luz da sua glória.” Esse louvor está em harmonia com o versículo de hoje e com o ensino do Novo Testamento.

Entre todos os fenômenos que ocorreram no momento da morte de Cristo, destaca-se o fato de que o véu do santuário em Jerusalém foi rasgado de alto a baixo. A significação disso é profunda. Deus estava invalidando todo o serviço de adoração que fosse oferecido naquele lugar e transferindo a atenção de seus filhos para o santuário celestial.

Depois de sua ressurreição, Jesus ascendeu ao Céu e entrou no templo que não foi feito por mãos humanas. É o que diz o apóstolo Paulo: “Por meio da cortina, isto é, por meio do seu próprio corpo, ele nos abriu um caminho novo e vivo” (Hebreus 10:20). O corpo de Cristo foi rasgado para que não haja mais cortinas de separação entre Ele e seus filhos.

Resta-nos hoje o clamor de Christopher Duffley: “Abra os olhos de meu coração, Senhor. Eu quero vê-lo.” Para quem ora assim, a cortina do Céu está aberta, e o Cristo glorificado pode ser visto pelos olhos do coração.