Sou casada com um pastor e já li a parábola de Lucas 8:4-15 – e ouvi sermões sobre ela – inúmeras vezes. Mas outro dia, pela manhã, quando a li, eu a ouvi para mim! Afinal, Jesus disse, ao fim da parábola, que se tivéssemos ouvidos, deveríamos “ouvir”. Ouvir como? Ouvir e aplicar a nós mesmas.
Analise essa parábola comigo.
Em Atos 9:2, os crentes eram chamados seguidores do “Caminho” – a estrada na qual deveríamos trilhar com Cristo. É nesse ponto que a parábola se torna a história do meu caminho – e talvez do seu também.
Acabei me desviando do “Caminho” e prossegui pelas margens. Enquanto eu peram- bulava pelos meus pecados, um Semeador veio e jogou Sua semente na minha direção. A semente não fez diferença nenhuma para mim. Eu estava afundada em meu pecado, aproveitando a vida. Ou seja, nem tampouco dei alguma atenção à semente. Deixei que os passarinhos a comessem! Eles precisavam se alimentar e eu não via valor nenhum na semente.
Permaneci navegando pelas margens do caminho por tanto tempo que meu coração ficou tão duro quanto uma rocha. Então o Semeador lançou Sua semente em meu coração endurecido. Confesso que a semente tentou germinar, mas acabou morrendo. Não havia a Água Viva ali.
Meu coração ficou tão duro que logo espinhos se tornaram o modo de eu me expressar. Espinhos – um modo de ferir outros enquanto eu estava sofrendo. O Semeador jogou Sua semente sobre os meus espinhos e, inesperadamente, algo aconteceu.
Foi ali – enquanto eu estava desviada, empedernida, perfurante e egoísta – que eu vi a Semente (Gn 3:15) em uma coroa feita com meus espinhos. E eu chorei!
Lucas escreveu: “A semente é a palavra de Deus” (Lc 8:11). Imagine a cena comigo agora enquanto caminhamos pelo meu novo caminho iluminado. O próprio Jesus Se lançou em meu coração endurecido para me atrair de volta para Ele! Meu coração ficou partido!
Você está às margens do Caminho? Então abra seu coração e receba a Semente.
Becky Owens