Vivemos em uma sociedade constantemente preocupada com a aparência. O cabelo, a tonalidade da pele, a roupa que se está vestindo, enfim, tudo precisa estar aparentando beleza e harmonia. Mesmo que as pessoas estejam passando por um dia péssimo, um sorriso precisa sempre estar estampado no rosto. Nas redes sociais, esse fenômeno se torna crônico. Parece que nunca há um dia ruim. Todos vivenciam contínuos momentos de alegria. Raríssimas são as postagens que revelam como a pessoa realmente está se sentindo. Curiosamente, conforme é indicado no texto de hoje, Jesus não temia revelar os momentos de tristeza que enfrentava. Isso nos leva à seguinte pergunta: Pode um cristão sincero se sentir triste?
Experimentar momentos de tristeza não é um problema. O problema é quando a tristeza deixa de ser pontual e se torna constante. Isso porque estar triste é diferente de ser triste. Ser triste é ter passado da frustração, do pesar ou do luto para a angústia: uma situação emocional mais séria. A tristeza passageira tem uma razão de ser; a duradoura, porém, tem tantas razões que é difícil lidar com ela e eliminá-la. Outro problema de viver triste é a falta de esperança. O cristão firmado na fé consegue sentir, simultaneamente, tristeza e esperança, algo que para os outros é um paradoxo (1Ts 4:13).
O primeiro passo para vencer a tristeza é parar de negá-la. É assumir que ela existe e reconhecer por que ocorre. Segundo, corrigir ou ajustar o que é possível e seguir em frente (Ne 8:8-12). Isso não significa fingir que está tudo bem, mas permitir que o corpo e a mente se ocupem com outros assuntos. Terceiro, faça como Jesus: busque apoio em pessoas de confiança (Mt 26:38). Visite alguém, converse por telefone, participe de eventos que celebrem a vida, pois sempre há algo digno de gratidão e apreciação, por menor que seja.
Hoje é o dia mudar o que é possível e aceitar o que não pode ser mudado, colocando nas mãos do Senhor, com fé, suas fraquezas e necessidades. Que tal fazer isso agora em oração?