Segunda-feira
29 de janeiro
Senhor, por favor, cura-me!
Porque não é do seu agrado trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens. Lamentações 3:33

Eu estivera agonizando no piso do banheiro por duas horas quando meu esposo me encontrou. “Por que você não me chamou?”, ele perguntou. Estávamos visitando meu irmão, e eu não queria acordar ninguém. A dor na região inferior das minhas costas era insuportável; eu tive que me arrastar porque não conseguia andar. Sem saber, eu havia sofrido a ruptura de um disco. Mal sabia que ficaria presa ao leito pelas oito semanas seguintes!

Durante aqueles dias, busquei meu refúgio em Deus. O Senhor foi meu refúgio no dia da aflição. Ainda de madrugada, eu rolava para fora do colchão de água e deslizava para dentro da banheira cheia de água quente. Ali passava horas falando com Deus, chorando, soluçando e suplicando Seu auxílio. Meu esposo e eu tentávamos todos os tipos de tratamento natural, mas a única coisa que ajudava eram os analgésicos.

Chegava a hora de nos dirigirmos para nosso novo compromisso missionário. De algum modo, encaixotamos a casa inteira – com a ajuda de familiares e amigos – e então partimos para a bela ilha de Palau, na Micronésia.

Lá conheci Christina, maravilhosa mulher de 84 anos de idade, que me convidou para ser sua companheira de oração. Todas as manhãs, orávamos às 8 horas. Três meses após nossa chegada a Palau, ocorreria a reunião campal. Tudo foi organizado em meio a grandes expectativas. Minha responsabilidade como diretora técnica para a gravação do evento em vídeo trouxe mais ansiedade. O que me atemorizava de modo especial era a ideia de subir e descer as escadas – eu orava pedindo forças. Cedo de manhã, no sábado, Christina reuniu sua comissão de oração. As mulheres oraram para que o Senhor abençoasse o programa e curasse a esposa do pastor – eu.

Na segunda-feira de manhã, Christina me perguntou como tinha me sentido durante o fim de semana. Respondi: “Muito bem. Não tomei analgésicos e no domingo participei de um passeio de barco e fui nadar.”

“Então você foi curada!”, ela exclamou. Cinco meses de agonia eram coisa do passado! Muitas vezes, tenho feito perguntas acerca dessa experiência toda. Parece que, mediante nossas aflições, tristezas e problemas, Deus procura nos ensinar algumas lições que não aprenderíamos de outro modo. Com Deus, há sempre um propósito para a nossa dor. Esse pensamento me conforta.

Glória Turcios