Terça-feira
21 de fevereiro
SENSO DE HUMOR
Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Filipenses 4:4

Uma das primeiras viagens que fiz com o quarteto Arautos do Rei foi para a cidade de Jarinu, SP. Aquela não foi uma apresentação formal, com direito a equipamento de som, recital e tudo mais. Fomos apenas visitar o pastor Henry Feyerabend, tenor da primeira formação dos Arautos do Rei. Naquela ocasião, Feyerabend estava em uma clínica natural para fazer um tratamento contra o câncer. 

Anos antes, eu o havia conhecido em uma semana de oração no Unasp campus Engenheiro Coelho. Foram dias inesquecíveis, não apenas pelas mensagens inspiradoras, mas porque tive a oportunidade de cantar com ele, ainda que nos bastidores. Eu mal podia imaginar que, depois de algum tempo, estaria cantando para ele com os Arautos do Rei. 

Após fecharmos algumas harmonias, sentamos para conversar. Que momento precioso! Em poucos minutos, já ficamos encantados com a simpatia e humildade do idoso pregador. Enquanto contava histórias, Feyerabend virava a perna mecânica e se divertia com a situação. Amputar a perna não lhe tirou a alegria, muito menos a vontade de testemunhar. 

Antes da despedida, pedimos que ele deixasse um último conselho para a nova formação do quarteto. A resposta foi bem objetiva: “Tenham senso de humor.” Confesso que, no momento, esperava outros conselhos. Porém, durante os 13 anos seguintes, os quais passei nos Arautos, percebi o quão importante foi aquela sugestão. 

Quem participa de um ministério coletivo sabe o desafio de conviver com pessoas que possuem costumes e opiniões diferentes das suas. Não é fácil compartilhar centenas de horas de ensaios, viagens, gravações e apresentações sob o mesmo teto. Em alguns momentos, a melhor coisa a fazer é colocar um fone de ouvido e tirar uma boa soneca! Lembro-me (talvez com pouca saudade) de uma viagem de van que durou cerca de 16 horas! Confesso que, em alguns momentos, o senso de humor foi ameaçado pelo senso de furor! 

Não sei como você lida com os problemas na estrada da vida. Talvez o seu pavio seja curto. Lembre-se de que o bom senso de humor pode amenizar os desafios do seu percurso. Leve a vida mais levemente. Sorria mais. Quem sabe o remédio que você mais precisa hoje seja sorrir de uma boa história.