Quando essas palavras foram escritas, a igreja vivia tempos difíceis. Externamente, estava ensanguentada por conta da perseguição do Império Romano. Internamente, era ameaçada por heresias que distorciam a mensagem e tinham o potencial de destruir sua identidade. Nesse contexto turbulento, Cristo Se revelou a João na ilha de Patmos para dizer que o destino da igreja estava em Suas mãos.
Jesus pediu a João que enviasse cartas para sete igrejas da Ásia Menor. Ele Se apresentou caminhando entre os candelabros, que simbolizam as igrejas da visão (Ap 1:20), para dizer que nunca abandonaria Sua igreja e que a cada dia Seu retorno estaria mais próximo. Por isso, em cada carta há um lembrete progressivo da proximidade de Sua segunda vinda. Na carta de Éfeso, Ele diz: “Virei a você” (Ap 2:5). Na carta a Esmirna, relembra que é “Aquele […] que morreu e tornou a viver” (Ap 2:8). À igreja de Pérgamo, enfatizou: “Virei em breve até você” (Ap 2:16). A igreja de Tiatira recebeu uma mensagem de ânimo: “Que se apeguem com firmeza ao que vocês têm, até que Eu venha” (Ap 2:25). Sardes foi advertida: “Virei como um ladrão” (Ap 3:3). A igreja de Filadélfia foi consolada da seguinte maneira: “Venho em breve!” (Ap 3:11). Por fim, Laodiceia foi surpreendida: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3:20).
O retorno de Jesus é o elemento que conecta as cartas, que dá sentido à história da igreja. Essa esperança tem motivado cristãos fiéis há quase 20 séculos. Quase todas essas igrejas receberam advertências relacionadas à sua conduta. Contudo, nem por isso foram abandonadas pelo Céu. “A igreja era defeituosa e necessitava de severa repreensão e castigo […]. Mas as palavras de repreensão que Deus acha necessário enviar são ditas sempre com um amor cativante e com a promessa de paz a cada crente arrependido” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 373 [587]).
Deus está preparando um povo para o encontro com Ele na breve volta de Cristo. Hoje, aceite a correção que vem Dele e prepare-se para o dia da Sua vinda. Breve Jesus voltará!