Depois que os discípulos reconheceram Jesus em meio à tempestade, eles finalmente conseguiram relaxar. No entanto, quando Pedro, o reativo e sanguíneo discípulo, viu Jesus caminhando sobre as águas, ficou como fora de si de tanta alegria. E, como criança que não mede o tamanho da situação mas quer fazer tudo o que vê os outros fazendo, ele pediu a Jesus para que também andasse sobre as águas.
Imagine a cena: Pedro está tão entusiasmado! Cheio de contentamento, ele olha fixamente para Jesus. Enquanto isso, caminha firmemente.
Pedro precisa massagear um pouco o ego. Se existisse câmera fotográfica, com certeza, já teria feito uma self, de preferência, aparecendo os demais discípulos ao fundo. Não existia… Desviando o olhar do Salvador, altas ondas se colocaram entre ele e Jesus. O medo tomou conta e ele começou a afundar.
Pedro consegue ver Jesus novamente, por entre as ondas e grita: “Senhor, salva-me!” (Mt 24:30). Jesus estava pertinho. Estendeu-lhe a mão, dizendo: “Homem de pouca fé, por que você duvidou?” (v. 31). E juntos, de mãos dadas, entraram no barco.
Pedro nem ousava olhar para os colegas. O exibicionismo agora dava lugar à vergonha e ao silêncio. Por falta de fé, quase se afogara.
Conosco não é assim também? Quantas vezes, imersas em aflições, também deixamos de olhar para Cristo. Apenas nos concentramos nos problemas ou em nós mesmas. Percebendo que não temos chão, quase perdemos as esperanças.
Jesus conhecia Seus discípulos e sabia o que enfrentariam pela frente. Ao permitir aquela tempestade, queria que confrontassem a própria fraqueza e se apoderassem da única segurança: o poder divino. Eles apenas sobreviveriam às tempestades da vida se desconfiassem inteiramente de si mesmos e se apoiassem única e exclusivamente Nele. Se Pedro tivesse aprendido a confiar, não teria negado a Cristo.
Aprenda a desconfiar de si mesma e de sua autossuficiência. Desenvolva a confiança na força divina. Apenas aí reside a vitória!