Ao longo dos últimos doze anos, tive a oportunidade de ministrar a muitas pessoas quebrantadas, ou por meio do ministério Esperança dos Sobreviventes ou em uma das congregações que meu esposo pastoreia. Tenho observado que, assim como acontece comigo em relação ao meu sapato de solas partidas, as pessoas, às vezes, não querem abrir mão de algo que claramente não tem valor para elas ou que não lhes é útil ou saudável. Não estou tratando aqui de coisas materiais; estou falando de sentimentos, pensamentos, atitudes, comportamentos e, às vezes, até de pessoas.
Por que certas vítimas de violência doméstica permanecem com seus agressores? Uma razão é porque é “confortável” para elas. Só que isso não é bom e definitivamente não é seguro. As vítimas podem permanecer com um agressor porque essa é a única situação à qual estão acostumadas – situação que lhes parece mais confortável do que o pensamento de ir embora e começar de novo. Enfrentar o abuso com o qual se vive é às vezes menos assustador do que sair para o desconhecido e começar uma vida nova, livre de agressões. Às vezes, a mulher namora um homem que a trata de maneira insatisfatória, que talvez a menospreze de algum modo, mas ela fica com ele ou então vai procurar alguém que acabe por tratá-la da mesma forma. Por quê? Mais uma vez, é com isso que ela está acostumada. Ela não conhece nada diferente. Sua alma, porém, está arrasada, partida, e ela precisa experimentar a cura.
Como é que alguém corrige essas escolhas autodestrutivas? Aproximando-se cada vez mais dAquele que deu tudo para que possamos viver. O verso em Jó 5:18 é confortante: “Porque Ele faz a ferida e Ele mesmo a ata; Ele fere, e as Suas mãos curam.” Você entendeu? As mãos de Deus curam. Essa é a melhor de todas as notícias! Não temos que andar por aí com a alma partida. Podemos experimentar a inteireza e a novidade de vida por intermédio de Jesus. Podemos reclamar e experimentar a promessa encontrada no Salmo 34:18:
“O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” Com uma promessa assim, eu diria que vale a pena sair da zona de “conforto” e nos arriscar a experimentar uma vida que só Jesus pode prover.
O que você diz? Está disposta a romper com sua zona de conforto e permitir que Jesus substitua seus pensamentos, sentimentos e comportamentos?
Samantha Nelson