Após 40 dias jejuando, Jesus poderia estar vulnerável. O diabo sabia que Jesus era temperante. Mas, aproveitando-se de uma questão de sobrevivência, apresentou sua primeira solução: transformar as pedras em pães.

Jesus percebeu que Satanás estava pondo em dúvida Sua capacidade de vencer sem usar a divindade. Se Ele tivesse transformado pedras em pães, que certeza teríamos da vitória? Então recusou a sugestão do diabo, afirmando que o pão material não era tudo na vida e que o mais importante era (e ainda é) depender do cuidado, da graça e da misericórdia de Deus. Depois que o inimigo foi derrotado, os anjos serviram alimento a Jesus.

Ao começar Sua obra salvadora, Jesus Se perguntava se alcançaria os corações. Então o diabo o levou ao pináculo do templo, sugerindo-Lhe jogar-Se do alto no meio da multidão, para chamar-lhes a atenção. Assim creriam Nele.

Novamente Jesus percebeu o engano. Se fizesse uso de meios sensacionalistas, e não disponíveis aos humanos, o que fariam aqueles a quem Ele enviaria depois a pregar? E dispensou essa solução! Deus não deseja despertar apenas a superficial curiosidade e o sensacionalismo de multidões, mas levá-las a usar sua inteligência. Amar a Deus e escolher o Seu reino não deveriam ser atos de presunção, movidos por truques ou desequilíbrio emocional.

Transportando Jesus a um monte alto, o diabo Lhe apresentou a última solução: prostrar-Se e adorá-lo, e ele Lhe daria os reinos do mundo. A solução diabólica se referia a um ponto nevrálgico: o objeto de adoração. Sem demora, Jesus ordenou a Satanás que se retirasse, pois somente devemos adorar e prestar culto ao Senhor Deus.

Hoje, o diabo oferece as mesmas soluções, ao enfrentarmos o dilema do sofrimento, pondo em dúvida nossa identidade como filhos de Deus. “Por que sofrer tanto, filho de Deus?”, “É culpa de Deus!” O inimigo nos tenta a duvidar do amor de Deus e a não depositar nossa confiança Nele. E colocamos outros deuses em Seu lugar, porque ilusoriamente nos dão mais segurança: materialismo, humanismo e soluções rápidas e imediatas.

Deus nos livre de aceitar essas soluções diabólicas! Adoremos somente a Deus, reconhecendo nossa natureza caída, sujeita às desgraças deste reino corrompido. Clamemos pela companhia e pelo auxílio divinos e não estaremos a lutar sozinhas.