A manhã estava linda! Perfeita para um bom dia de compras. Eu estava realizando o projeto de leitura com meus alunos, e, a cada livro lido, eles ganhavam como incentivo uma peteca para colocar no potinho. Naquela manhã, saí para comprar as petecas e alguns outros brindes.
Após as compras, enquanto esperava o ônibus que me levaria para casa, pois trabalharia no turno da tarde, tirei o meu celular da bolsa para conferir o horário.
Depois de alguns segundos, fui abordada por uma mulher vestida com poucas roupas e que me deixou com medo. Olhando-me dos pés à cabeça, ela perguntou:
– Você é crente? Você é crente? De que igreja você é? – Ela estava nervosa e afoita, e eu mais ainda, pois percebi que ela queria alguma coisa de mim.
Ao responder que era crente e que pertencia à Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela me disse:
– Olha! Eu estava no ônibus e vi você tirando o celular da bolsa. Então desci só para assaltar você, mas percebi que você é do bem, parece gente boa! Olha o que tenho na minha mão, uma gilete. Ia puxar seu celular e, se reagisse, ia cortar você todinha… Agora, deixa pra lá. Você é diferente. Parece ser gente boa!
Depois de dizer isso, a mulher foi embora.
Após o ocorrido, fui para casa dando glórias a Deus e exaltando o Seu nome pelo livramento.
Todos os dias peço a Deus que me proteja e me faça ser luz para as pessoas ao meu redor. Tenho certeza de que Deus e meu anjo me deram aquele livramento.
Ao me lembrar desse fato, fico me perguntando: “Será que meus atos, meus trajes, minha aparência, sem que eu fale palavra alguma, mostram que sou raça eleita por Deus?”
Já fui escolhida por Deus e quero ser Sua propriedade exclusiva para que, quando Ele voltar, eu saia deste mundo de trevas e vá para Sua maravilhosa luz.
Ângela Helena Pantoja Barbosa