Sábado
27 de fevereiro
Surpreendido pela alegria
Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por Minha causa a encontrará. Mateus 10:39

Surpreendido pela Alegria é a autobiografia de um dos pensadores e escritores mais influentes do século 20: Clive Staples Lewis.

Lewis foi ateu durante anos, e seu livro é um dos mais fascinantes e inteligentes relatos de transformação pela qual uma pessoa passa quando encontra a Cristo. Enquanto ateu, ele tinha sido introvertido e pessimista. Após sua conversão, tornou-se uma personalidade extrovertida e de amizades profundas. Segundo amigos íntimos, tinha uma alegria fora do comum e um prazer quase de menino; era um companheiro divertido e mais preocupado com o bem-estar dos amigos do que com o seu.

Armand M. Nicholi, autor da obra Deus em Questão, sugere três fatores para essa repentina mudança:

Quando Lewis começou a estudar a Bíblia com seriedade, descobriu um novo método de constituir sua identidade, de descobrir a sua “personalidade real”. Esse processo, escreveu Lewis, envolve a perda de si mesmo no relacionamento com o Criador. “Enquanto não se entregar a Ele, você não terá o eu verdadeiro.”

A compreensão do amor ao próximo também fez Lewis despertar. Ele desenvolveu a capacidade de se livrar das próprias necessidades para se tornar consciente das necessidades alheias e exercitar a vontade para satisfazê-las.

A nova cosmovisão de Lewis mudou sua visão da morte e das pessoas. A morte já não era o fim da vida, mas o fim do primeiro capítulo de um livro sem fim. “Não há pessoas ordinárias”, ele disse numa palestra em Oxford. E encorajou os alunos a “lembrar que a pessoa mais chata e desinteressante com quem você fala pode vir a ser um dia uma criatura que se você a visse hoje estaria fortemente tentado a venerar”.

A nova visão de C. S. Lewis o fez estabelecer novas prioridades: o relacionamento com o Criador e o relacionamento com os outros.

Cristo estabeleceu essas prioridades, quando afirmou as palavras do verso de hoje. Quem desejasse desfrutar aquilo que, do ponto de vista humano, é essencial à felicidade, descobre que aquilo que tanto agarrou não lhe trouxe o que buscava. E quem renuncia ao prazer e às recompensas deste mundo tem um discernimento real dos valores e descobre o real propósito da existência. Você já foi surpreendida por essa alegria?