Domingo
10 de junho
Terremoto – parte 2
Dando sempre graças por tudo. Efésios 5:20, ARA

Melissa e eu continuamos olhando a bagunça do terremoto – e que bagunça! Pisando cautelosamente em volta de vidro estilhaçado, lâmpadas quebradas, móveis tombados, passamos pelo restante da casa. No meu escritório, muito mais livros estavam espalhados pelo chão do que aqueles que haviam permanecido nas prateleiras. No dormitório, castiçais de bronze e outros objetos decorativos haviam caído de prateleiras altas sobre a cama.

– Que coisa! – exclamou Melissa. – Se você estivesse na cama, poderia ter se machucado! Esses castiçais são pesados. – Ela fez uma pausa. – Mas então, como é que o fato de ser agradecida fez você parar de tremer?

– Os pesquisadores descobriram que, quando você pensa em alguém ou em alguma coisa que você realmente aprecia, e experimenta o sentimento que acompanha o pensamento, o ramo calmante parassimpático do sistema nervoso autônomo é acionado. Esse padrão, quando é repetido, proporciona um efeito protetor sobre o coração. Os padrões eletromagnéticos no coração dos participantes da pesquisa se tornaram mais coerentes e ordenados, quando eles ativaram sentimentos de apreço.

– Tudo bem, então! – disse Melissa. – Vamos limpar essa bagunça.

Enquanto varríamos, amontoávamos e colocávamos o entulho dentro de sacos e latões de lixo, Melissa cantava: “Graças, Senhor…” Quatro horas e meia mais tarde, a casa estava, pelo menos, habitável.

Nas semanas seguintes, aprendi que a maneira mais rápida de encontrar minúsculos fragmentos de vidro quebrado que o aspirador deixa para trás era andar pela casa de pés descalços. Quase diariamente, havia outras coisas pelas quais também dar graças, ao tomarmos conhecimento do impacto do terremoto na região. Precisei comprar apenas a geladeira.

Em sua visita seguinte, Melissa quis saber: – Você sempre diz que a gente deve procurar a borda prateada em cada nuvem escura. Você encontrou alguma para o terremoto?

– Sim – respondi. – Encontrei a borda prateada: estou usando esse terremoto como oportunidade para deixar de acumular coisas, e simplificar a vida.

A Escritura é o manual para o viver de cada dia, e a pesquisa sobre a função do cérebro confirma a admoestação da Escritura no sentido de dar graças continuamente, de todo o coração (ver o Salmo 9:1, 2).

Arlene R. Taylor