Muitas pessoas colecionam coisas. Para algumas, suas coleções são tesouros a serem exibidos ou simplesmente guardados. Esses tesouros podem ser carros, álbuns de música, brinquedos, revistas ou livros com valor monetário ou sentimental. Colecionar coisas pode ser algo especial, mas também pode ser prejudicial.
O ato de colecionar pode se tornar prejudicial quando se transforma em acumulação. Acumular é quando uma pessoa se apega a coisas – ou pessoas – com o objetivo de tentar aliviar pensamentos ou emoções incômodas, como a solidão. Às vezes, nos apegamos a coisas quando não queremos deixar de lado relacionamentos que terminaram, por exemplo.
Eu costumo “acumular” relacionamentos. De vez em quando, valorizo as coisas ligadas a um membro da família ou, então, dou um valor irreal a alguém que saiu da minha vida por alguma razão. Por conseguinte, como acumulo as emoções ligadas àquele relacionamento, fico presa nele.
Mas, um dia, eu tive um momento de descoberta. Ele aconteceu quando eu estava lendo Mateus 6:19 a 21. Daí, fiz um paralelo entre o texto e o que estava acontecendo em minha vida, pois eu estava me sentindo como a mulher de Ló: uma estátua de sal (ver Gn 19:15-17, 26). Estava valorizando as coisas e as pessoas erradas. Guardar coisas que nos lembram algo bom não é um hábito ruim; além disso, lembrar-se de pessoas queridas ou de momentos especiais com elas não é algo mau. Entretanto, se valorizarmos as coisas ou os relacionamentos mais do que a Deus, ficaremos presas a um padrão destrutivo.
Nosso coração é onde guardamos nossos tesouros. As pessoas vão embora, os relacionamentos acabam, os objetos se queimam e se perdem, mas Deus é eterno, verdadeiro e honesto. Ele nunca nos deixará nem nos abandonará. Meu tesouro é o meu relacionamento com meu Pai celestial, não é um tesouro terreno, que a poeira e a traça podem destruir, ou onde posso ser rejeitada pelo que sou ou por quem não sou. Assim como eu sou amada por Deus, você também é amada e abençoada.
Neste dia, conscientize-se das coisas que você tem valorizado. Pergunte a si mesma: “Essa coisa ou pessoa traz valor eterno para a minha vida ou está me sobrecarregando, mantendo-me paralisada, como uma estátua de sal?” Minha oração é que os desejos do nosso coração se concentrem no que – e em quem – traz valor eterno. E o que devemos valorizar acima de tudo é nosso relacionamento com o nosso Pai celestial.
Erika Loudermill-Webb