Selina, minha filhinha, saiu pela porta da frente e viu muitas formigas nos degraus. As formigas pareciam agitadas e se espalhavam pelo local. Algumas carregavam minúsculos raminhos; outras tentavam ajudar. Algumas desapareciam, e outras pareciam surgir do nada para participar da atividade.
– Olha! – disse Selina de repente. – Uma mosca morta por cima das formigas! – Notei que as formigas tentavam carregá-la para baixo. Selina apontou para as formigas e disse: – Aquelas todas estão vindo agora para enterrá-la.
A expressão infantil do seu pensamento me levou a pensar. É realmente assim? Nós, humanos, somos como aquelas formigas? Quando alguém é arrancado da nossa vida, simplesmente comparecemos ao funeral para a despedida? Sim, nossa presença indica que a pessoa falecida era valiosa e preciosa para nós. Porém, expressamos essa mesma atenção a ela enquanto ainda está viva?
A observação de Selina me levou a refletir sobre o fato de que contamos com apenas um tempo limitado sobre a Terra para mostrar a consideração que temos uns pelos outros. Alguns de nós têm menos tempo que outros. Então, por que esperar até que percamos alguém? Não podemos mostrar aos outros, enquanto ainda vivem, que sua vida tem valor para nós?
Essa demonstração não tem que ver com uma grande festa. Podemos apreciar uma caminhada juntas. Que tal um desjejum informal com um pãozinho gostoso? Por que não um telefonema “só para dar um alô!” ou então um ramalhete de margaridas? Ou um cartão com os dizeres: “Estou pensando em você”? Além disso, quando somos amistosas e atenciosas, conquistamos a confiança dos outros. Um pequeno gesto de atenção na vida diária não custa muito tempo ou despesa. Toda pessoa tem valor.
Há, porém, outra razão mais importante para nos comunicarmos com aqueles que nos rodeiam enquanto temos a oportunidade. O Dr. Ben Carson se expressou com acerto quando, certa vez, observou: “Cada ser humano que você encontra é um filho de Deus.” Deus, na Bíblia, declara que Ele conhece cada um dos Seus filhos por nome, e os ama. Isso inclui todos ao nosso redor. Não deveríamos, então, orar para vê-los assim como Deus os vê? Quando fizermos isso, nós vamos amá-los como Ele os ama.
Existem pessoas, em sua vida, para as quais você precise dizer hoje o quanto elas são especiais para você?
Sandra Widulle