Alguma vez você já se viu em uma situação em que, por mais que tentasse, não conseguia agir como um cristão? Talvez uma resposta rude, uma reação inadequada ou simplesmente um dia ruim que lhe impediu de tratar bem alguém que você ama. Nesses momentos, mesmo orar parece impossível. Mas a verdade é que situações como essas são uma oportunidade de reconhecermos que erramos, que nos importamos com a pessoa e que não queremos nos aproximar de Deus oferecendo falhas. Isso é respeito, tanto em relação a nós mesmos quanto para com os outros e, acima de tudo, para com Deus.
Como bem indicou Pedro em sua primeira epístola, essa situação pode ocorrer com frequência entre casais. A pessoa a quem mais amamos é também aquela em quem temos mais confiança, e é fácil deixar a falta de respeito se instalar. Mas devemos nos comportar com discernimento, dando honra ao nosso cônjuge, reconhecendo seu valor e tratando-o com a delicadeza que merece. Não se trata de pensar que é frágil ou que pode se quebrar facilmente, mas sim de reconhecer que pessoas que se amam merecem um tratamento mais delicado.
Afinal, conhecemos indivíduos que são verdadeiros cavalheiros fora de casa, mas que se transformam em pessoas grosseiras e desagradáveis quando estão em seu próprio ambiente. É preciso lembrar que a forma como tratamos aqueles que amamos reflete o que há dentro de nós mesmos.
E mais: devemos lembrar que todos somos coerdeiros da mesma graça divina. No fim das contas, ninguém é melhor do que ninguém. Perceber isso é sabedoria, é respeito, é amor.
Essas palavras podem ter sido dirigidas aos maridos, mas se aplicam a todos nós: cônjuges, pais, filhos, amigos, não amigos, etc. Pois todos são seres humanos, e devemos tratar uns aos outros com a mesma delicadeza e o mesmo respeito que desejamos para nós mesmos.
Se você quer refletir o caráter de Jesus em sua vida, trate todos com respeito, independentemente de quem sejam. Esse é um imperativo divino. Perante a cruz de Cristo, somos todos iguais.