Assim aconteceu que, aumentando o número dos discípulos, o inimigo conseguiu despertar suspeitas de alguns que antigamente tiveram o hábito de olhar com ciúme a seus irmãos na fé, e descobrir defeitos em seus guias espirituais; e, desta maneira, “houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus” (At 6:1, ARC). A causa da queixa foi a negligência que se alegava na distribuição diária de auxílio às viúvas gregas. […]
Os discípulos de Jesus tinham chegado a uma crise em sua experiência. Sob a sábia direção dos apóstolos, que trabalhavam unidos no poder do Espírito Santo, a obra indicada aos mensageiros do evangelho havia-se desenvolvido rapidamente. A igreja se ampliava de contínuo, e o crescimento em membros representava constante aumento de trabalho para os que tinham responsabilidades. Pessoa alguma ou mesmo um grupo poderiam levar sozinhos o pesado fardo sem pôr em perigo a prosperidade futura da igreja. […]
Convocando uma reunião dos crentes, os apóstolos foram levados pelo Espírito Santo a esboçar um plano para a melhor organização de todas as forças ativas da igreja. […]
A designação dos sete para tomarem a direção de ramos especiais da obra mostrou-se uma grande bênção para a igreja. […]
A proclamação do evangelho deveria abranger o mundo, e os mensageiros da cruz não poderiam esperar cumprir sua importante missão, a menos que permanecessem unidos pelos laços da afinidade cristã, revelando, assim, ao mundo que eles eram um com Cristo em Deus. Não tinha seu divino Guia orado ao Pai: “Guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como Nós” (Jo 17:11)? […]
Somente enquanto estivessem unidos com Cristo, os discípulos podiam esperar possuir o poder presente do Espírito Santo e a cooperação dos anjos do Céu. Com o auxílio desses divinos instrumentos, apresentariam ao mundo uma frente unida, e seriam vencedores no conflito que eram forçados a manter incessantemente contra os poderes das trevas (Atos dos Apóstolos, p. 88-91).