Estávamos vivendo os primeiros dias do ano, e eu retirava a decoração de Natal com uma ponta de nostalgia devido às lembranças tão recentes.
Acho que nunca havia esperado com tanta ansiedade pelo Natal, mas fora tudo tão rápido. Ele havia chegado e ido embora deixando um gosto de saudade.
Era a primeira vez que minha filha casada viria nos visitar com o esposo. Dois casais de sobrinhos viriam de cidades próximas, e minha outra filha reencontraria o namorado depois de muito tempo.
Pensei em cada detalhe: providenciei mais bolas e mais luzes para a grande árvore de Natal, a guirlanda, os arranjos para as mesas, as toalhas especiais, as velas e até um pinheirinho natural na área de entrada da casa, dando as boas-vindas. Planejei o cardápio com antecedência e me empenhei para que tudo desse certo e que meus convidados tivessem as melhores refeições naqueles dias que permaneceriam conosco.
Eu havia feito todos os preparativos e agora estava contando os dias que pareciam transcorrer muito lentamente. Mantinha contato com minha filha e com os sobrinhos, combinando todos os detalhes, e orava para que tudo desse certo.
Na véspera do Natal, orei muito pela viagem deles, e foi com muita alegria que recebi um a um que ia chegando. Parecia um sonho, depois de ter aguardado esse encontro por tanto tempo.
A reunião da noite foi muito especial. Cantamos, louvando a Deus por nosso Salvador. Meu esposo leu a Bíblia, nos relembrando sobre os detalhes daquele dia especial em que Jesus veio ao mundo, oramos e nos alegramos como família. A ceia completou nossa confraternização. Porém, após toda essa alegria, todos precisaram voltar às suas cidades.
A casa ficou vazia e silenciosa, e eu retirava agora a decoração, que havia sido feita com tanto esmero. Guardei cada item, esperando poder reutilizá-lo no próximo Natal, querendo sentir a mesma alegria que experimentara dias atrás.
Meus pensamentos se voltaram então para os preparativos que Jesus tem feito, para a grande ceia com os Seus filhos. Pensei em quanto tempo Ele tem aguardado por esse encontro e quanta saudade Ele deve sentir de estar com os Seus filhos que Ele resgatou, pagando elevado preço no Calvário.
Pensei também em quantas mensagens Ele nos tem enviado por meio de Sua palavra, lembrando-nos de que o encontro está próximo, e apelando por intermédio do Seu Espírito.
Será que estamos ansiosos pelo encontro? Quando ele ocorrer, não mais esperaremos por reuniões de família onde podemos nos alegrar por um curto espaço de tempo. Estaremos para sempre reunidos, desfrutando a alegria da eternidade com nosso amado Redentor.
Regina S. Nunes