Minha mãe e eu gostamos de sentar e conversar diante de uma xícara de chá quente. É nesses momentos que conheço um pouco mais sobre minha infância.
Meu irmão é dois anos mais velho que eu, e sempre fomos muito ligados um ao outro. Mamãe conta que minha primeira palavra foi o nome do meu irmão. Depois de acordar das minhas sonecas diárias, eu chamava meu irmão para que viesse e me tirasse do meu colchonete. Ao crescer, eu sempre corria atrás dele porque não queria só brincar com ele mas também me achava capaz de fazer o que ele fazia.
Minha família morava em uma região do interior e era proprietária de uma fazenda para pecuária de leite, que ficava em frente à nossa casa, do outro lado da estrada. Meu irmão, de quatro anos, gostava de passar horas ali com as vacas. Eu ainda era pequena demais para ter a permissão de atravessar a estrada e ir com ele. Um dia, meu irmão saiu correndo pela porta da frente, na direção do pasto. A porta da frente não se fechou da maneira devida, e eu fui atrás dele. Desci correndo os três degraus da frente e segui pela calçadinha até a estrada. Então, por alguma razão, parei de modo instantâneo. Não sei o motivo, e mamãe tampouco sabe. O que aconteceu a seguir é o que nossa vizinha, a Sra. Boyd, relatou para minha mãe.
A Sra. Boyd ouviu Nicki, seu cachorro pastor-alemão, latindo de modo incontrolável, como se tivesse urgência. Ela saiu para ver o que havia de errado com Nicki e me viu parada no meio da estrada – na faixa de um carro que vinha em alta velocidade. Ela disparou até lá, agarrando-me e me puxando para o lado e para fora do caminho do veículo que se aproximava. Então, a Sra. Boyd me conduziu de volta para casa e para minha preocupada e agradecida mãe.
Sei que minha mãe sempre orou por mim, desde que nasci. E naquele dia, especialmente, Deus respondeu às suas orações por minha segurança. Ele enviou Nicki e depois a Sra. Boyd para me resgatarem. Serei sempre grata por sua rápida reação. O anjo do Senhor estava acampado ao meu redor naquele dia. Deus está cuidando de você hoje também. A Ele devemos dar o nosso louvor pelo vigilante cuidado angelical.
Jenny Rivera