O fato de estarmos ao lado de Cristo não nos deixa livres de tentações. Desejos vaidosos, inveja, orgulho e outros impulsos revelam nossa frágil condição pecaminosa. Mas a boa notícia é que não precisamos ceder nem permanecer prisioneiros de sugestões carnais e impulsivas.

Para o cristão, a tentação revela-se como um teste do qual ele pode sair ainda mais fortalecido na fé. O apóstolo Pedro afirmou: “Agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 5:6, 8, ACF). Por outro lado, o cristão não fica se expondo à tentação. Podemos esperar que alguém se envolva com o mal sem ser contaminado? A Bíblia responde a essa pergunta: “Pode alguém andar sobre brasas sem queimar os pés?” (Pv 6:28). “Quem pode extrair algo puro da impureza? Ninguém!” (Jó 14:4).

Entretanto, só é possível fugir da tentação e vencê-la se o relacionamento com Deus for prioritário. A comunhão com Ele nos protegerá da tentação de cair em pecado e também de nos sentir mais santos do que os outros. Aliás, esse era um problema recorrente dos fariseus dos dias de Jesus. Eles se sentiam melhores do que as outras pessoas em virtude de seus rituais e de sua aparência.

Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensinou a pedir a Deus: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mt 6:13). Ellen White escreveu: “Tentações e provas nos virão a todos, mas não precisamos nunca ser derrotados pelo inimigo. […] Cristo foi tentado a fim de saber como ajudar a toda pessoa que houvesse de ser tentada posteriormente. A tentação não é pecado; este consiste em ceder. Para a pessoa que confia em Jesus, tentação significa vitória e maior resistência” (Nossa Alta Vocação, p. 82, 83). Na luta contra o pecado neste dia, saiba que Cristo quer fazer de você mais do que vencedor.