Domingo
15 de setembro
Vespa-tatu
Proclamarão o glorioso esplendor da Tua majestade, e meditarei nas maravilhas que fazes. Salmo 145:5

Em um sábado à tarde, depois de um temporal de verão, saí para uma breve caminhada e parei sob o pé de seriguelas bem ao lado de minha casa. Há algum tempo eu observava o vaivém de vespas negras que construíam um estranho ninho vertical, grudado no tronco da árvore.

Olhando de frente, o ninho é parecido com as costas de um tatu. Justifica o nome: vespa-tatu. A Synoeca cyanea só constrói ninhos em troncos de árvores, e sempre no sentido vertical. Eles podem chegar a um metro de comprimento por 30 a 40 centímetros de largura. Mas aquele tinha apenas 30 centímetros de comprimento e 9 centímetros de largura.

O ninho estava parcialmente danificado e encharcado. Notei também que havia uma movimentação diferente entre as vespas. Eu me aproximei com muito cuidado, pois dizem que a ferroada é dolorosa. Afinal, elas são enormes: cerca de 3 centímetros. Algumas vespas estavam paradas sobre a parte mais encharcada do ninho, outras entravam e saíam. Percebi que alguma coisa estava mesmo acontecendo ali e me concentrei mais ainda na observação. O que descobri, então, foi impressionante.

As vespas estacionadas do lado de fora agitavam as asas como um leque, vigorosamente. Estavam enxugando as paredes externas. As que entravam e saíam também se posicionavam por fora, sobre a parte externa do ninho, e expeliam gotas de um líquido translúcido. Para confirmar minha desconfiança, estendi a mão e recolhi o líquido que caía da boca dos insetos. Não era algum tipo de secreção nem tinha cheiro. Era mesmo água limpa. As vespas estavam enxugando a casa encharcada com a água da chuva. No dia seguinte, retornei ao mesmo lugar e já não havia sinal de umidade. Minha observação terminou com sucesso. Apenas uma vespa voou em minha direção, deu voltas ao redor de minha cabeça e voltou ao trabalho sem mexer comigo.

Não é possível observar tal ação de um inseto considerado insignificante pela maioria de nós sem nos admirarmos. Como conseguem e onde aprenderam a fazer uma coisa dessas? Alguns dirão que o comportamento das vespas-tatu é obra do acaso evolucionista e que elas levaram milhões de anos aprendendo a enxugar a casa.

Quando meditamos nas obras de Deus, concluímos que Ele, propositadamente, aparelhou Sua criação com recursos inteligentes para o enfrentamento das mais diversas situações. Aí mesmo onde você mora, ou bem pertinho, alguma coisa fantástica pode estar acontecendo. É só parar e observar as maravilhas da criação de Deus.