O filósofo Aristóteles discorreu sobre vícios e virtudes. Para ele, ambos são derivados de escolhas, comportamentos e hábitos. Mas o principal problema do vício é que ele provoca a perda da capacidade de escolha, tornando o indivíduo escravo de decisões tomadas anteriormente.

Infelizmente, Satanás conhece a natureza humana e procura sempre instigar comportamentos que levarão à formação de vícios. Normalmente, ele disfarça suas intenções, deixando a impressão de que pequenas decisões, conhecidamente erradas, não terão consequências graves. Pensamentos do tipo “todos estão fazendo”, “é só para experimentar”, “ninguém ficará sabendo” ou “é só desta vez” são exemplos de como o foco do inimigo é fazer a tentação parecer inofensiva.

Ele se esforça para nos iludir de que a qualquer momento é possível nos livrarmos de uma conduta pecaminosa. Entretanto, o pecado envolve o pecador aos poucos, até que esteja totalmente preso e sem opção. A Bíblia nos diz que Sansão caiu nesse engano ao fazer pequenas concessões quanto aos locais que frequentaria, às pessoas com as quais conviveria, às mulheres com as quais se relacionaria e outras coisas mais. Ele gradualmente perdeu a liberdade.

O verso de hoje nos diz que Sansão foi capturado pelo inimigo, teve os olhos furados e se tornou um escravo. O grande e forte Sansão foi então acorrentado a um moinho como um animal, tornando-se motivo de zombaria para o povo filisteu. Que triste mudança na vida de alguém escolhido para livrar o povo de Israel.

Fique atento. A estratégia do inimigo consiste em tornar o pecado atrativo, ocultar suas reais intenções, retirar nossa liberdade e zombar da nossa destruição.

Lembre-se de que todo viciado é escravo do seu vício. Portanto, não se arrisque no terreno do inimigo, por mais inofensivo que pareça. Tenha em mente que você só será livre enquanto mantiver seu poder de escolha.