O ser humano é sociável e foi criado para viver em comunidade. Isso, porém, não significa que a convivência com nossos semelhantes seja sempre harmoniosa. Nas grandes cidades, problemas como trânsito congestionado, poluição, barulho em excesso, insegurança, crimes, desigualdade social, falta de transporte público ou de atendimento médico mostram que estamos longe de alcançar um modelo de sociedade satisfatório.

No entanto, não precisamos olhar somente para as grandes cidades a fim de perceber o quanto é desafiador viver em comunidade. Suponha morar ao lado de alguém que tenha vários cachorros que latem a noite toda ou gatos que invadem sua casa sem preocupação alguma. Coloque-se no lugar de uma pessoa que tem um vizinho que gosta de festas barulhentas que avançam noite a dentro. Imagine se todas as crianças de sua rua tivessem o costume de fazer algazarra em frente à sua casa, perturbando sua paz.

Apesar de esses e de outros desafios, a Bíblia nos aconselha a manter um convívio social saudável e equilibrado, não somente na sociedade, mas também na igreja. Chamada também de corpo de Cristo, a metáfora é bem sugestiva. Somos um só corpo, interdependentes, e precisamos nos relacionar bem uns com os outros. Alguns têm facilidade de ser bons cristãos quando estão sozinhos; porém, quando precisam resolver problemas ou ajustar situações são um desastre! Isso expressa a essência do cristianismo verdadeiro?

Viver em comunidade é um privilégio, que traz consigo um grande desafio. Como cidadãos do reino de Deus, não temos apenas o dever de pregar o evangelho, como se isso estivesse dissociado dos relacionamentos. Nosso testemunho cristão fala alto às pessoas, e nosso bom convívio social deve ser uma evidência concreta do amor de Cristo em nós.