Eu estava lá havia apenas trinta minutos quando percebi a diferença entre a edu- cação cristã e a educação pública. A diretora havia pedido que eu substituísse uma professora que estava doente. Mas ela estava relutante, pois sabia que eu estava aposentada. Aceitei.
Já havia muitos anos que eu frequentava a igreja, quando meu primeiro pastor, que já não está nesta igreja, tentou me convencer a fazer uma entrevista para trabalhar para uma determinada escola. Mas eu já tinha ouvido falar tanta coisa! Ouvi dizer que os professores não eram pagos se o subsídio atrasasse e que mesmo os professores formados ganhavam mal. Também havia ouvido que as professoras tinham que ensinar mais de uma turma e que no verão elas deviam passar as férias fazendo cursos, em vez de descansar do pesado ano acadêmico.
A manhã de substituição foi bem e a experiência que tive é daquelas que nunca vou me esquecer.
Enquanto eu estava lendo os planos de aulas, ouvi uma voz suave cantando, que chamou muito a minha atenção.
Preciosa graça de Jesus!
Perdido me encontrou!
Estando cego, me fez ver
Da morte me livrou!
Abri minha boca, mas não saía som. “A graça libertou-me…” continuou a voz, para o meu deleite. Fiquei ali parada, agradecendo a Deus por permitir que eu fosse naquele primeiro dia como professora substituta. O Espírito Santo me abençoou com aquele hino cantado por uma menina do segundo ano, que nem sabia o impacto que tinha causado em mim. Ela estava simplesmente lendo um livro e cantando!
Meus pensamentos se aceleraram. Pensei: “E se eu tivesse ido naquela entrevista tantos anos atrás? Como teria sido a minha experiência cristã?”
Margaret B. Lawrence