Sábado
27 de maio
VONTADE
Escolhi o caminho da fidelidade e decidi seguir os Teus juízos. Salmo 119:30

Escolha e decisão dizem respeito à vontade do indivíduo. Conforme as palavras de Ellen G. White, “a vontade não é gosto nem a inclinação, mas o poder que decide” (Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 685). Assim, alguém pode passar diante de uma confeitaria e, vendo os doces expostos na vitrine, ter o desejo de comê-los. Contudo, embora tenha tempo e dinheiro, por alguma razão sua vontade diz “não”, e ele segue seu caminho sem saboreá-los.

Uma pessoa pode ter uma infinidade de desejos, mas a vontade é apenas uma. É como uma máquina interna que toma decisões. A vontade é a própria essência da personalidade. É a fonte de todas as ações. Ela pode se aliar aos desejos ou combatê-los. Ela está acima das emoções e da razão. É responsável pelas decisões e pelos caminhos do indivíduo. As faculdades mentais e as paixões devem ser controladas pela vontade. Embora a razão possa analisar com clareza tudo o que está envolvido e apontar o rumo correto, é a vontade que detém o comando.

Podemos ter uma vontade saudável ou enferma. Pessoas que têm vontade enferma podem ser classificadas em três grupos: impulsivas, indecisas e inconstantes. Na Bíblia, encontramos exemplos de indivíduos que, em certos momentos da vida, manifestaram uma vontade doentia. Como exemplos de impulsividade, vemos Ananias e Safira. Levados pelo ímpeto do momento, decidiram fazer uma grande doação para a igreja e depois se arrependeram (At 5:1-11). Como exemplo de alguém indeciso, temos Ló. Sendo avisado pelos anjos que Sodoma seria destruída, demorava-se em tomar a decisão de partir (Gn 19:1, 12-16). Pilatos, por sua vez, ilustra a postura de um inconstante. Havendo analisado as acusações contra Jesus, concluiu e declarou que Ele era inocente e decidiu soltá-Lo. Depois, deixou-se dominar pelos acontecimentos e O entregou para ser morto (At 3:13; Lc 23:13-25).

Embora o ser humano não possa por si mesmo controlar seus impulsos e emoções como gostaria, tem a capacidade de tirá-los do domínio de Satanás e entregá-los a Cristo. Quando isso é feito, o Espírito de Deus atua livremente e realiza nossa transformação. Hoje, torne sua vontade submissa à vontade de Deus.