Eu, Everton, estava no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde circulam aproximadamente 150 mil pessoas por dia, quando ouvi uma voz familiar, que rapidamente reconheci. Era meu professor de matemática. Havia um bom tempo que não nos víamos, pois morávamos em estados diferentes. Rapidamente aproveitamos para matar a saudade e colocar alguns assuntos em dia.
Acredito que a voz do meu professor chamou minha atenção em meio a tantas outras pelo fato de haver familiaridade e afeto em nossa amizade. Esse episódio me faz recordar do momento em que a raposa tenta explicar para o Pequeno Príncipe, personagem da obra homônima de Antoine Saint-Exupéry, o significado de cativar: “Tu não és nada para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo aos teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo.”
No contexto do verso de hoje, Cristo diz aos judeus que eles não conheciam Sua voz por não serem Suas ovelhas, pois Suas ovelhas conhecem a Sua voz: uma voz que traz segurança e conforto; que guia pelo caminho; que alerta dos perigos. Conhecemos a voz de Cristo porque Ele nos cativou.
No Salmo 3:4, Davi diz que, quando clamava ao Senhor, Deus lhe respondia do Seu santo monte, pois conhecia a voz de Seu filho em meio a milhares de outras vozes. Cristo não Se satisfaz apenas em ser conhecido. Ele também conhece cada ovelha do Seu aprisco.
Você conhece a voz do Pastor? É uma voz única! Se não conhece, dê a Ele a oportunidade de cativar você com Seu amor e cuidado; e então você perceberá que necessita ouvi-la para ser conduzido em segurança pelas veredas da vida.